Sou alérgico a água sanitária, o que fazer para matar o coronavírus?

Muito recomendado por especialistas para a higienização dos ambientes durante a pandemia do novo coronavírus, a água sanitária (hipoclorito de sódio) tem grande efeito virucida e, em no máximo 3 minutos após a aplicação, já consegue eliminar qualquer presença indesejada.

Mas e para aqueles que têm alergia ou uma maior sensibilidade a este produto, qual é a recomendação? A dermatologista Ana Carolina Sumam sugere que essas pessoas podem fazer a limpeza do chão e de superfícies da casa com álcool líquido, água e sabão, água e detergente neutro, sabão de coco ou desinfetante líquido sem cloro na fórmula.

Esse último é uma boa opção não somente para dentro de casa, mas também na hora de higienizar as compras ou objetos que tenham vinda da rua, pois, além de ter um poder de limpeza grande, ele tem ação antimicrobiana e pode ser utilizado em spray.

Já para a higiene da máscara, todos podem optar pela lavagem com água e sabão de coco ou detergente neutro, já que os alérgicos podem ser sensíveis a outras substâncias.

Já o coordenador do Departamento de Medicina Interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Paulo Criado, sugere que todos que forem fazer uso de água sanitária, alérgicos ou não, façam uso de luvas, para que não ocorra uma exposição direta na pele. Este contato pode ocasionar dermatite e inflamações na pele das mãos e dos braços, caso seja uma ação frequente e recorrente.

Segundo ele, deve-se tomar a precaução de abrir janelas e portas na hora de fazer uso do da água sanitária, já que, em ambientes muito quentes, ele pode evaporar e ser inalada, prejudicando as vias aéreas, devido ao cloro em sua composição.

Fugindo do coronavírus
O cuidado mais básico e repetido por médicos e especialistas no combate ao coronavírus é lavar as mãos com frequência para evitar que o vírus seja levado para as mucosas da boca, do nariz ou dos olhos.

Quando não é possível usar água e sabão, o ideal é fazer uso do álcool 70% em gel, espalhando o produto pelos dedos, palmas e costas das mãos. Mas, se você for alérgico a este produto e não tiver próximo de uma torneira, o que fazer?

Apesar de ser uma condição bem rara, segundo Paulo Criado, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), quando há alergia ao álcool, existem poucas alternativas para fazer a substituição.

“Uma delas é a aplicação, por ao menos um minuto, da chamada solução de povidine tópica, que tem como base o iodo e é encontrada com facilidade em farmácias”, orienta o médico.

O inconveniente deste método é que ele deixa as mãos com um tom marrom amarelado até que elas sejam lavadas com água em abundância. “É apenas uma questão estética, já que a solução é efetiva para inativar o vírus”, explica.

Já a dermatologista Natasha Crepaldi cita como um substituto ao álcool a clorexidina em solução aquosa, também vendida em farmácias, ou, em último caso, água sanitária diluída. A médica orienta que, em caso de alergia ao álcool gel, o melhor é carregar uma garrafinha de água e sabão.

 

Fonte: R7

Dra. Natasha Crepaldi
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